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A Lambidinha

  • História
  • 10 de set. de 2017
  • 3 min de leitura

Linda acordou com o telefone tocando na sala, olhou em volta e notou que já era noite. Meteu a mão pelo criado ao lado da cama até localizar o telefone e atendeu. Era seu patrão, o bar em que ela trabalhava como garçonete pela tarde havia sofrido uma superlotação por causa de um evento e era necessário que ela fosse ajudar fazendo uma hora extra. O relógio marcava 20:30hs.


Linda levantou-se e se arrumou apressada, caminhou até a sala onde viu sua filha sentada em frente a televisão ainda acordada fazendo alguns desenhos.

Karem era uma menina muito amorosa e dedicada, desde que o pai morreu tem tomado conta da mãe da melhor maneira possível. Apesar de ainda ter 14 anos de idade era muito madura e apesar da vida dura que levava sempre estava contente. "Querida, a mamãe vai ter que ir pro trabalho agora, está acontecendo um evento importante lá e fui chamada. Sua vovó está a passeio, se importa de ficar aqui sozinha? Prometo que no máximo até 01:00h eu estou aqui de volta!". “Não tem problema, eu posso ficar em casa sozinha por hoje mãe, aliás, o Predador esta aqui para me proteger.” – disse Karem olhando para o pastor alemão deitado no sofá. “Tudo bem, qualquer coisa estranha você pode me ligar no bar e eu venho pra casa correndo.” – respondeu a mãe preocupada. Algumas horas depois Karem se preparava para dormir, verificou todas as janelas da casa e viu que uma das janelas da cozinha fechava mas não trancava pois o pino estava quebrado. Não deu muita importância e foi para o quarto. Entrou no quarto e chamou Predador que veio imediatamente e deitou-se debaixo da cama como de costume. Depois que havia deitado Karem colocou a mão de baixo da cama para o cachorro lamber. Isso era como um ritual noturno que ela fazia para se sentir mais segura. No meio da noite Karem acordou com um barulho de água pingando. O barulho parecia que vinha do banheiro que ficava perto do quarto. Ela ficou amedrontada, pois não havia barulho algum quando ela foi dormir. Colocou a mão de baixo da cama e sentiu a lambida do cachorro, sentindo-se mais segura voltou a dormir. Algum tempo depois a garota voltou a acordar com o mesmo barulho e colocou a mão embaixo da cama para o cachorro lamber outra vez, porém não sentiu nada. “Predador!” – sussurrou. “Predador!” – sussurrou uma vez mais. O cachorro não respondeu com a lambida. Preocupada e com medo ela olhou embaixo da cama que estava vazia. Seu corpo estremeceu, por um momento pensou em cobrir a cabeça e ficar ali, mas decidiu ir atrás do seu cachorro. Decidiu ir primeiro ao banheiro de onde o barulho vinha. Andou lentamente com passos pequenos em direção ao banheiro e quando chegou à porta não pode conter o grito de terror, pois a imagem era brutal. O banheiro estava todo ensanguentado, o cachorro pendurado pelo pescoço com a mangueira do chuveiro na parte metálica do box, seu corpo cortado de uma extremidade a outra e seu sangue pingava no chão. Era dali que o barulho de pingos estava vindo. Karem gritou outra vez, mas o grito foi abafado por uma mão gelada enquanto ela lia no espelho a frase rabiscada: “Mortos também lambem”.

Texto editado de: deividhistorias.blogspot.com.br

 
 
 

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Túlio Daniel

Criador e Editor

Apaixonado desde pequeno por filmes de terror e coisas do gênero, resolvi criar um site que abrangesse de tudo um pouco e mostrar para todos o quão bom pode ser o terror.

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